E agora?

Ela ama ele. Ele não.
Ela faria de tudo pra ter ele por perto. Para ele, é indiferente.
Ela via nele seu namorado. Ele via nela uma grande amiga.
De uma hora pra outra, ela conhece outro cara. Esse cara demonstra estar apaixonado por ela. E essa história vira sua vida de ponta cabeça.
Eles saem juntos, eles se divertem. 
Tudo que ela queria ouvir do outro, esse fala. Coisas lindas sobre ela, coisas lindas sobre eles.
Ela começa se encantar com tudo isso. O outro acaba por ignorado. O atual, por sua vez, tem toda a sua atenção.
Ela começa pensar: "E agora?". Ele só pensa nos momentos que passa ao lado dela.
Vai chegar uma hora que o atual vai virar o "ele". E vai chegar uma hora que os três vão se cruzar.
E agora? E agora? E agora?

E é Carnaval....

Chegou a época mais esperada para alguns e a mais odiada para outros.

Carnaval. Festa. Pegação. Nada de compromisso.
Ir para clubes, pular atrás do trio elétrico ou simplesmente pular na rua.
Desfiles, batuque e samba (e mais axé, e mais sertanejo, e mais um pouco de samba).
Músicas chicletes que grudam na mente do povo. Refrões fáceis de cantar (e não esquecer por dias).
Um pouco de Ai se eu te pego com Assim você mata o papai.

Ou então você pode fugir.
Ir para um lugar calmo, tranquilo.
Pode ser na praia, pode ser no campo, pode ser em outro refúgio que vier em sua mente.
O importante é ficar longe de toda essa confusão.
Um tempo para si, um tempo para pensar, um tempo para refletir sobre suas ações. Ah, e um tempo para descansar também (afinal, todos precisam).

Você já fez sua escolha?

Livre escolha

Às vezes, eu paro e penso em como as coisas poderiam ter sido diferentes.

Se entre tantas opções, você seguisse outro caminho. Outro curso, outro trabalho e por que não outra cidade?
O que aconteceria se você tivesse dado uma chance para aquela pessoa? Será que vocês seriam felizes juntos? Ou realmente, como você imaginava, não daria certo?
E se você tivesse agido diferente? Ao invés de ter recusado um simples convite, ter aceito, sem compromissos.

O tempo passa. E com ele, as oportunidades se vão. Como saber como poderia ter sido? Será que teria sido melhor ou não? Será que realmente fizemos a escolha certa? As respostas dessas perguntas, um dia talvez, o tempo nos dá.

E o príncipe virou um sapo...

Vamos para uma pequena, mas não necessariamente real, história.

Você resolve ir pra balada. Lá encontra um garoto que parece perfeito até demais.

Ele fecha com todas as descrições possíveis de sua cabeça. É fofo, é querido, é bonito e te trata super bem. Por uma noite. Só por uma noite.

Suas amigas dizem que você encontrou um príncipe. Realmente, era sua noite de sorte. 
 
Vocês  trocam telefones. Ele diz que vai ligar. Você fica esperando.

No dia seguinte, é você quem resolve tomar a iniciativa. Talvez por não ter o que fazer, talvez por ter passado o resto da noite pensando nele. Não se sabe.

O que acontece a partir daí? O garoto, que era para ser o príncipe, some. Desaparece. Morre. Não se sabe o que aconteceu, no fim.

Ele não responde as mensagens da menina. Ele não liga. Ele simplesmente desaparece.

Talvez para ele, ela foi só mais uma. Talvez para ela, ele poderia se tornar especial.

Talvez, talvez, talvez.

Na realidade, o príncipe virou um sapo.